Essa conferência, do sociólogo estadunidense Sam Richards, possui mais de 1 milhão de visualizações. Nela, ele encoraja uma “troca de papéis” entre a platéia americana e dois personagens distintos (invasores chineses e insurgentes iraquianos).
Não parece algo tão difícil para nós, brasileiros, enxergar como seria estar na pele dos chineses, dos iraquianos ou dos próprios americanos, que passaram 8 anos no Iraque e perderam quase 5 mil jovens. Afinal, nosso país é pacífico com seus vizinhos, nossa última guerra aconteceu há mais de um século, não sofremos com ataques aéreos de “drones” ou homens-bomba… Não temos os medos e os traumas deles.
Agora transporte esse exercício para o conflito entre israelenses e palestinos. Tente entender, genuinamente, como se sentem esses personagens (não tão) hipotéticos:
– Mulher israelense, judia, 60 anos, residente de Tel Aviv. Defendeu Israel na Guerra de Yom Kipur, em 1973, onde viu amigos e conhecidos serem mortos. Sua mãe é refugiada do Holocausto e seu pai foi morto no campo de extermínio de Majdanek, na Polônia. Um de seus netos serve ao Exército, protegendo o assentamento de Kiryat Arba, em Hebron.
– Homem palestino, muçulmano, 25 anos. Nasceu em Gaza e nunca saiu desse lugar. Amigos seus estão engajados na resistência armada, alguns mortos em combate nesta última guerra. Seu bairro foi alvo de bombardeios israelenses, onde famílias inteiras de vizinhos foram mortas. Seu avô e sua avó maternos foram expulsos de Haifa em 1948.
Se a leitora e o leitor quiserem deixar impressões e comentários no espaço abaixo, fiquem à vontade. O importante é chegar o mais perto possível de sentir o que essas pessoas sentem, especialmente quando fala-se de liberdade, segurança, ocupação e terrorismo. Isso é empatia, um item mais em falta nesse assunto do que chuva em São Paulo.
Teste do quociente empático (em inglês)
Teoria da empatização – sistematização (em inglês)
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